quinta-feira, 31 de março de 2016

          BIOGRAFIA DE ZIRALDO                                              

O nome de Ziraldo veio da combinação criativa dos nomes de sua mãe, Zizinha, com o de seu pai, Geraldo. Ziraldo Alves Pinto era o mais velho de uma família de sete irmãos. Em 1949, foi com o avô para o Rio de Janeiro. Em 1950 voltou para sua cidade para fazer o Tiro de Guerra e terminar o Científico. Em 1957, formou-se na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No ano seguinte casou-se com Vilma Gontijo com quem teve três filhos.

Artista desde pequeno, gostava de desenhar e de ler Monteiro Lobato, Viriato Correia, Clemente Luz, e as revistas em quadrinhos da época. A carreira de Ziraldo começou com colaborações mensais na revista "Era Uma Vez...". Em 1954 começou a trabalhar no jornal "A Folha de Minas", com uma página de humor.

Em 1957, publicou seus trabalhos na revista "A Cigarra" e, posteriormente, em "O Cruzeiro". Em 1963, começou colaborar para o "Jornal do Brasil". Trabalhou também nas revistas "Visão" e "Fairplay".

Como artista gráfico, Ziraldo fez cartazes para inúmeros filmes do cinema brasileiro. Nos anos 60, seus cartuns e charges políticas começaram a aparecer na revista "O Cruzeiro" e no "Jornal do Brasil". Personagens como a Supermãe e o Mineirinho tornaram-se populares. Ziraldo publicou a primeira revista brasileira do gênero quadrinhos feita por um só autor, reunindo "A Turma do Pererê ".

Em 1964, com o governo militar, a revista foi encerrada. Os personagens voltaram a ser publicados em 1975 pela Editora Abril. Durante o período da ditadura, Ziraldo lutou contra a repressão. Fundou, junto com outros humoristas, o mais importante jornal não-conformista, "O Pasquim", que incomodou o regime militar até o seu fim.

Ziraldo teve seu talento reconhecido internacionalmente com a publicação de suas produções em várias revistas da Inglaterra, da França, e dos Estados Unidos. No ano de 1969, ganhou o Oscar Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o Merghantealler, prêmio máximo da imprensa livre da América Latina. Foi convidado a desenhar o cartaz anual da Unicef, honra concedida pela primeira vez a um artista latino.

Seu primeiro livro infantil, "Flicts", relata a história de uma cor que não encontrava seu lugar no mundo. Desde a década de 70, Seus cartuns percorrem revistas de várias partes do mundo. Alguns de seus desenhos foram selecionados para fazer parte do acervo do Museu da Caricatura de Basiléia, na Suíça.

Em 1979, Ziraldo publicou "O Planeta Lilás" e, no ano seguinte, ganhou o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro com o livro O Menino Maluquinho, que se transformou no maior sucesso editorial e foi adaptado para o teatro, o cinema e para internet, e teve uma versão para ópera infantil. Em 1989, começaram a ser publicadas a revista e as tirinhas em quadrinhos desse personagem.

Em 1994, alguns de seus personagens transformaram-se em selos comemorativos de Natal. Os livros de Ziraldo já foram traduzidos para vários idiomas. "Flicts" já foi enredo de escola de samba em Juiz de Fora e, no carnaval de 1997, Ziraldo foi novamente homenageado e desfilou no alto de um carro com um enorme Menino Maluquinho. Na televisão Ziraldo participou de inúmeros programas. Foi entrevistador na TV Educativa, com o programa "Ziraldo - o papo", no início dos 90.

Em 1999, criou, de uma só vez, duas revistas: Bundas e Palavra. Bundas foi uma resposta bem-humorada às revistas de celebridades. Por sua vez, Palavra se destinava a divulgar e discutir a arte que se faz fora do eixo Rio-São Paulo. No ano 2000, Ziraldo foi convidado para montar um parque de diversões temático em Brasília, o Ziramundo. No início de 2002, surgiu "O Pasquim21", um jornal semanal que tentou reviver, sem sucesso, o histórico O Pasquim.

No carnaval de 2003, Ziraldo foi homenageado pela escola de samba paulista Nenê de Vila Matilde, com o enredo "É Melhor ler... O Mundo Colorido de um Maluco Genial". Em 2004 Ziraldo ganhou, com o livro Flicts, o prêmio internacional Hans Christian Andersen. Sua arte gráfica também pode ser identificada em logotipos, ilustrações, cartazes do Ministério da Educação, camisetas e símbolos de campanhas públicas ou privadas.
       BIOGRAFIA DE MANOEL DE BARROS    

Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Ainda novo, foi morar em Corumbá (MS) e mais tarde foi para o Rio de Janeiro, estudar na faculdade de Direito. Viajou para Bolívia e Peru, morou em Nova York, captou em cada um dos lugares por onde passava um pouco da essência da liberdade, que aplicaria em suas poesias.
Apesar de ter publicado o primeiro livro em 1937, o “Poemas Concebidos Sem Pecado”, o primeiro livro que escreveu acabou nas mãos de um policial. O jovem Manoel fez a pichação “Viva o comunismo”, em um monumento, e a polícia foi em busca do autor da ousadia. Para defendê-lo, a dona da pensão em que vivia disse ao policial que o “criminoso” em questão era autor de um livro. O policial pediu para ver e levou o livro. Chamava-se “Nossa Senhora de Minha Escuridão" e Manoel nunca o teve de volta.
Formou-se em Direito, em 1941, na cidade do Rio de Janeiro. E já no ano seguinte publicou “Face Imóvel” e em 1946, “Poesias”.
Na década de 1960 foi para Campo Grande (MS) e lá passou a viver como fazendeiro. Manoel consagrou-se como poeta nas décadas de 1980 e 1990, quando Millôr Fernandes publicava suas poesias nos maiores jornais do país.
Manoel de Barros é normalmente classificado na Geração de 45 da literatura. Trabalhou bastante com a temática da natureza, mais especificamente, o Pantanal. Mistura estilos e aborda o tema regional com originalidade.
Outros livros do autor são: ”Compêndio Para Uso dos Pássaros” (1961), “Gramática Expositiva do Chão” (1969), “Matéria de Poesia” (1974), “O Guardador de Águas” (1989), “Retrato do Artista Quando Coisa” (1998), “O Fazedor de Amanhecer” (2001), entre outros.
Alguns dos prêmios que o autor recebeu: “Prêmio Orlando Dantas” (1960), ”Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal” (1969). “Prêmio Nestlé” (1997) e o “Prêmio Cecília Meireles” (literatura/poesia, 1998).
Manoel de Barros morreu em Campo Grande, Mato Grosso, no dia 13 de novembro de 2014.